Mergulhei meu corpo em suas mãos, expondo meus segredos no silêncio das águas.
Vaguei nadando horas a desfiar o tempo, um embrião no ventre.
A morte esteve tão próximas inúmeras vezes, a provocar-me calafrios.
Passaram-se tantas existências, tantas eras, mas o rio permanece...
Um enigma de olhos azulados, profundos.
Regressei porque sua maternidade assim o desejou.
Percorri o meu caminho e voltei a suas margens, esperando que suas sábias mãos acolham-me novamente e preparem a minha alma para outras reencarnações.
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