Os negros foram ainda escravizados por outras nações em outras partes do mundo, como exemplo os Espanhóis que também os escravizaram na colonização da América Central e os Ingleses que os escravizaram na época da colonização da América do Norte.
Com nossos irmãos africanos aprendemos lições (muito difíceis de praticar) de perdão sem limites e amor ao próximo, de forma, que nenhuma outra entidade com a qual tivemos contato conseguiu transmitir. Na Umbanda, apresentam-se como espíritos muito simples e extremamente bondosos, são sempre muito pacientes em tudo o que fazem e ensinam. Normalmente desencarnaram em idades avançadas, por esse motivo apresentam-se nos templos, arqueando o corpo do médium, transmitindo a impressão de alguém com muita idade.
No desenvolvimento de seus trabalhos que são sempre muito sérios, ouvem mazelas e sofrimentos de toda espécie, transformando o desenvolvimento de seus trabalhos em verdadeiras sessões de psicanálise, ocasião em que sempre trazem o conforto e a paz de espírito a todos que os procuram. Trabalham sentados em banquinhos ou em pé, usam cachimbos, charutos ou cigarros de palha em suas defumações.
Quando encarnados nas senzalas eram praticantes e grandes conhecedores dos processos da milenar e poderosíssima magia africana, inclusive a negativa. Hoje utilizam esses conhecimentos para desmanchar feitiços e magias tenebrosas.
No período colonial a raça negra habitava praticamente todo continente africano e também a ilha de Madagascar. Povoavam a África desde o extremo sul do continente até o sul do deserto do Saara no norte da África.
Eram compostos de dois grandes grupos conhecidos como Sudaneses e Bantos. Os Sudaneses habitavam a região norte e central da África e os Bantos a região sul e a ilha de Madagascar. Entre eles haviam também outros grupos menores como os Nagôs ou Iorubás que habitavam a atual Nigéria, os Jejês que eram procedentes do Daomé, os Malês foram trazidos do norte da África e eram adeptos da religião muçulmana. Sabiam ler e escrever e eram normalmente superiores nesse sentido ao colonizador português. Minas era o nome dado a outros grupos menores conhecidos como Fanti e Ashanti. Os Bantos foram trazidos em grande parte do Congo, de Angola e de Moçambique.
Chegaram ao Brasil acorrentados em navios conhecidos como negreiros ou tumbeiros. A falta de higiene, os maus tratos e as doenças que contraiam nos navios negreiros, faziam com que muitos morressem durante a viagem, daí o nome tumbeiro também ser usado para navio negreiro.
Quando chegavam ao Brasil eram vendidos como animais em leilões públicos e em seguida espalhados pelo Brasil. Aqueles que os compravam, procuravam fazê-lo em lotes de diferentes nacionalidades, costumes e idiomas, com o objetivo de dificultar a confraternização e as fugas.
Espalhados pelo Brasil, fundaram em conjunto ou não com os nossos índios, vários cultos, dando origem ao Candomblé na Bahia, ao Catimbó no nordeste, O Xangô em Pernambuco, o Batuque no Rio Grande do Sul e outros cultos menores e muito raros como o Omolocô e o Tambor de Minas.
Na Umbanda, essas nações formaram a conhecida linha dos Pretos Velhos, formada por espíritos desencarnados na época da escravidão. Seus trabalhos sempre muito simples atingem psicologicamente os adeptos da religião, ocasião em que seus consulentes descarregam mágoas, aborrecimentos, dores, neuroses, conflitos, etc.
São grandes conselheiros, são espíritos missionários, depuraram-se no cativeiro, presos aos grilhões e sob a tortura e o peso da chibata. Perdoaram aqueles que os escravizaram, resgataram suas dívidas kármicas e hoje nos ensinam a ter fé em Deus, praticar os ensinamentos do Evangelho de Jesus e a ter confiança no futuro.
Nem todos os negros escravos são hoje Pretos Velhos, aqueles que se apresentam nos terreiros de Umbanda nessa condição, são somente aqueles que conseguiram perdoar a dor da chibata, as humilhações morais e todas as demais dores e afrontas impostas e praticadas pelo branco colonizador. (.......................................)
Aprender com os Pretos Velhos é sempre saudável espiritual e materialmente. Aprenda com eles, seja sábio como eles, procure perdoar sempre a todos como eles o fizeram. Ao menos perdoe as pequenas faltas.
No desenvolvimento de nossos trabalhos, eles nos ajudam infinitamente. Nos ajudam no desenvolvimento da mediunidade, nas curas através das ervas das quais são grandes conhecedores, combatem qualquer demanda, fazem desobsessões, aplicam passes espirituais e combatem qualquer forma de maldade.
Trabalham praticamente na vibração de todas as linhas da Umbanda, mais especialmente na linha de Oxalá. São ferrenhos defensores do Evangelho de Jesus e de sua doutrina, são eles os incansáveis trabalhadores da Umbanda. Além da própria linha Africana a qual pertencem, trabalham ainda na vibração de Xangô (falange dos pretos) e muito na vibração do Orixá Omulú.
São Benedito (o Santo católico negro) é conhecido (e já o constatamos) entre muitas nações de Pretos Velhos, como o rei dos Pretos Velhos, tendo por esse santo católico grande devoção.
Na cor de suas "guias" podemos conhecer em parte a sua origem, sua linha de trabalho, sua evolução, seus conhecimentos, a área em que são mais fortes, etc.
Os Pretos Velhos são espíritos de elevada condição espiritual. Não devemos julgá-los fracos pelo modo em que se apresentam, isso porque, um Preto Velho, andando devagarinho, mostrando-se um velho fraco, amarra qualquer quiumba, desmancha qualquer feitiço e quebra qualquer demanda.
Confie neles e colha os resultados!
Hoje, à partir das 19:00hs, Gira dos nossos queridos Pretos-Velhos com Pai José. Senhas serão distribuídas à partir das 18:00hs. Temos lanchonete e acessibilidade. Todos são muito bem vindos!
Grupo Umbandista Cristão Yonuaruê - Rua Cel. Fawcett, nº 1170/1178 - Vila Moraes - São Paulo - Informações: (011) 5058.7110 (loja Reino das Pérolas)
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