terça-feira, 13 de maio de 2014

HINO À NEGRITUDE (Cântico à Africanidade Brasileira)

Sob o céu cor de anil das Américas
Hoje se ergue um soberbo perfil
É u’a imagem de luz
Que em verdade traduz
A história do negro no Brasil
Este povo, em passadas intrépidas
Entre os povos valentes se impôs
Com a fúria dos leões
Rebentando grilhões
Aos tiranos se contrapôs
 

Ergue a tocha no alto da glória
Quem, herói, nos combates, se fez
Pois que as páginas da História
São galardões aos negros de altivez
 
Levantado no topo dos séculos
Mil batalhas febris sustentou
Este povo imortal
Que não encontra rival
Na trilha que o amor lhe destinou
Belo e forte na tez cor de ébano
Só lutando se sente feliz
Brasileiro de escol
Luta de sol a sol
Para o bem de nosso país
Ergue a tocha no alto da glória
Quem, herói, nos combates, se fez
Pois que as páginas da História
São galardões aos negros de altivez
 
Dos Palmares os feitos históricos
São exemplos da eterna lição
Que, no solo Tupi
Nos legara Zumbi
Sonhando com a libertação
Sendo filhos também da Mãe-África
Aruanda dos deuses da paz
No Brasil, este Axé
Que nos mantém de pé
Vem da força dos Orixás
 
Ergue a tocha no alto da glória
Quem, herói, nos combates, se fez
Pois que as páginas da História
São galardões aos negros de altivez

Que saibamos guardar estes símbolos
De um passado de heróico labor
Todos numa só voz
Bradam nossos avós:
Viver é lutar com destemor
Para frente marchemos impávidos
Que a vitória nos há de sorrir
Cidadãs, cidadãos
Somos todos irmãos
Conquistando o melhor por vir
 
Ergue a tocha no alto da glória
Quem, herói, nos combates, se fez
Pois que as páginas da História
São galardões aos negros de altivez
(bis)
 
 
 
Letra e Música: Professor Eduardo de Oliveira (in memorian)

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